O fim da Idade Média tem relação com o renascimento urbano e comercial que a Europa experimentou a partir do século XI. Novas técnicas agrícolas permitiram o aumento da produção de víveres, gerando um excedente que pôde ser comercializado. O aumento na produção de alimentos garantiu um aumento populacional, mas também do comércio e, consequentemente, da circulação de moeda.
Com o aumento populacional, o número de pessoas mudando-se para as cidades aumentou e a quantidade de comerciantes ao redor delas também. O século XIII intensifica esse processo de êxodo rural, pois as produções agrícolas ruins fizeram com que muitos buscassem sobreviver nas cidades.
O século XIV é quando os historiadores estipulam a fronteira final da Idade Média. Trata-se de um século de crise, caracterizado por guerras que causaram destruição e geraram mais fome, e isso resultou na Peste. O século XIV é marcado pela famosa Peste Negra — surto de peste bubônica responsável pela morte de 1/3 da população europeia ao longo desse período.
A fome gerou grandes revoltas de camponeses, sobretudo a partir do século XIII, e o crescimento urbano colocou fim no isolamento feudal. Revoltas também aconteceram nas grandes cidades, principalmente pela falta de empregos. Novas estruturas de poder começaram a surgir, a organização política dos reinos modificou-se e, assim, surgiram os Estados nacionais.
O enfraquecimento do feudalismo e o fortalecimento do comércio resultaram no mercantilismo. Quando Constantinopla cai e o comércio com o Oriente fecha-se, a Europa volta-se para o Oeste. A exploração do Oceano Atlântico abriu novas fronteiras e consolidou o fim da Idade Média.